Embraer AT-26 Xavante

 




Quando o premente fim da vida util do treinador armado Lockheed AT-33A Shooting Star se aproximava, a Força Aérea Brasileira (FAB) necessita de um novo vetor.

Além de substituir um modelo que era operado pelos principais esquadrões operacionais de caça, a FAB queria um modelo que fizesse a transição para os novos caças supersônicos (na época o F-103 e F-5 ainda não haviam sido adquiridos) que a Força almejava.

Afim de prover mais conhecimento técnico, um dos requisitos para o novo jato é que ele fosse montado no Brasil, transferindo conhecimento para o pessoal da Embraer (fundada no dia 18 de agosto de 1969).

Após estudos, o escolhido foi o italiano Aermacchi MB. 326. O modelo estava em serviço em sete Forças Aéreas.

Em 1969 chegaram os dois primeiros jatos, transladados a bordo de um Hércules C-130E. Os caças chegaram já com o cocar da FAB, mas eles ainda não pertenciam a Força Aérea. Após exibições, que maravilharam muitos, os aviões foram devolvidos.




Em 1970 o governo brasileiro assinou contrato com a Aeronáutica Macchi Spa. Um lote de 112 aeronaves foram encomendados, sendo todos montados no Brasil. Na Embraer o jato recebeu a designação EMB.326GB, mas na FAB ele foi batizado de AT-26 Xavante, onde A seria de Ataque e T de treinamento. 26 remetia ao vigésimo sexto avião de treinamento da Força.

O primeiro Xavante voou no dia 6 de setembro de 1971. A linha de montagem ficou aberta até 1981. No total foram produzidos 182 jatos, sendo 166 destinados à FAB, com os demais sendo exportados.

Em 2010 a FAB retirou de serviço o Xavante.

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